E o que é a margem de garantia que tanto falam?

Agora que você já sabe um pouco sobre day trade, minicontratos e suas características principais, sabia que dá para investir mesmo sem o dinheiro necessário para transação? Isso mesmo que você leu. Mas, nesse tipo de operação, geralmente é exigida uma garantia financeira. Chamamos isso de margem de garantia.

A margem de garantia é um valor depositado para cobrir operações dentro do mercado financeiro. Esse valor serve como garantia de que, havendo prejuízos nas suas negociações, o investidor conseguirá arcar com eles. Na prática, a margem de garantia funciona como um depósito prévio feito na corretora antes de que seja feita uma operação de alavancagem, que vamos explicar mais abaixo.

Em outras palavras, a margem de garantia funciona como um depósito de caução. Um exemplo dentro do nosso dia a dia, são os contratos nos aluguéis de imóveis, em que você precisa deixar uma garantia caso não consiga pagar o aluguel em certo momento e assim, ter seus investimentos sem um valor total da aquisição.   

E sabe outra coisa interessante? Não é sempre que as garantias depositadas são ativos financeiros. Opções como títulos públicos comprados pelos Tesouro Direto, ações ou até papéis de crédito privado também podem ser utilizados para essa finalidade.

Traduzindo: se você, cliente, comprar 1.000 ações a R$100,00, na liquidação da operação (D+2) será preciso desembolsar 100 mil reais. Mas se você vender essas 1.000 ações no mesmo dia que comprou, a R$101,00, não precisará pagar nada, pois encerrou a posição antes mesmo de a operação ser liquidada, e em D+2 só vai receber a diferença da compra a R$100 e venda a R$101. Ou seja, 1000 reais (pois em cada ação ele ganhou um real) menos os custos.

 O valor da margem de garantia é calculado pela B3 conforme a metodologia estabelecida no Manual de Administração de Risco. Sendo assim, em relação às operações de day trade, fica por conta da corretora definição desse valor. Já em contratos de mais do que um dia, a definição é feita pela B3, de acordo com o tipo de contrato e de operação.

Tá, mas quais são os riscos dessas operações?

Além dos riscos de oscilação mercado, que são comuns a quase todo tipo de investimento, o day trade apresenta alguns outros pontos de atenção, começando pela alavancagem, que é possibilitada pelos minicontratos.

A alavancagem é vista como ambos risco e vantagem ao mesmo tempo.  É uma ferramenta utilizada para impulsionar seus investimentos, ela permite que você movimente um valor maior que o que tem em conta. 

Ao utilizar a ferramenta de alavancagem, em caso de prejuízo você paga a diferença entre o valor disponível e o valor total (somado com o valor disponível para alavancagem).

Por exemplo: você tem R$ 1.000 reais disponíveis na sua conta, e o valor disponível para usar de alavancagem é R$ 100, assim, você pode movimentar R$ 1.100. Em caso de lucro você recebe somente a diferença. Assim, caso o investimento tenha um lucro de 2% você recebe R$ 20, e em caso de prejuízo, você também paga a mesma diferença de R$ 20. 

Ou seja, com a alavancagem você pode potencializar seus lucros ou, em caso de perda, os seus prejuízos.

Cada casa de investimentos possui seu próprio valor disponível de alavancagem. Na Vitreo disponibilizamos o valor de R$ 100 para alavancagem em operações de day trade de minicontratos.

Também existe o risco de mudança da margem de garantia, que pode sofrer um aumento e fazer com que o investidor deposite um valor ainda maior.

Ah, fique atento também aos ajustes diários que essas operações estão sujeitas. Esse ajuste é calculado no final de cada pregão, possibilitando o ajuste ou prejuízo dos investidores de acordo com as negociações feitas.

Aqui compilamos os maiores pontos de atenção que você deve ter ao operar day trade:

• Considerar o desembolso inicial para o deposito de margem de garantia;
• Gerir o fluxo de caixa para o pagamento e o recebimento dos ajustes diários;
• Considerar eventuais mudanças na composição da carteira teórica do índice durante o período de vigência de um contrato futuro nela baseado;
• Observar a correlação entre o contrato e os ativos individuais do mercado, devido a restrição de papeis disponíveis para negociação.;

Por fim, o que significa essa tal de zeragem compulsória?

A zeragem compulsória é acionada nas operações de day trade quando o investidor sofre perdas acima da sua margem de risco, ou seja, atinge prejuízo elevado. Nessa situação, a corretora zera compulsoriamente a sua posição. O termo compulsório se dá em razão da maneira automática e interventora que sua posição é zerada pela corretora. 

 Na Vitreo, a área de risco ativa a zeragem nos seguintes casos

• Em casos de perda de 70% em cima da sua operação, sendo a qualquer momento do dia;
• Se no final do dia o investidor ainda estiver posicionado; 
• E se o investidor optar por passar posicionado ele deverá ligar para o atendimento e solicitar a sua entrada na BlackList; 

Todo esse processo também envolve custos. No mercado futuro, o valor é de R$ 12,50 por minicontrato. No mercado à vista, o custo será de R$ 25,21+0,5% sobre o volume da operação, com o mínimo de R$ 50,00.

Para evitar tudo isso, tome alguns cuidados durante as suas negociações. Fique atento a todos os custos operacionais, encerre suas operações alavancadas e utilize ordens Stop, que explicaremos melhor nos tópicos abaixo.

No final desse artigo, deixamos um vídeo e o PDF de um E-book completo sobre RLP preparado por nós. Fique a vontade para ler caso algo não tenha ficado muito claro.

Pronto!

Agora você já pode investir no Provedor de Liquidez ao Varejo,

mas antes disso, gostaríamos de dizer que nós, equipe Vitreo, estaremos sempre de braços abertos para qualquer dúvida que surgir. Não hesite em fazer contato conosco, estamos a disposição por meio dos nossos canais de comunicação (chat, WhatsApp e telefone).

E lembre-se que todos os investimentos estão sujeitos a riscos. Não se esqueça de se certificar dos riscos e que o investimento faz sentido para o seu perfil antes de investir. 

Nos vemos em breve 😊