Existe uma grande variedade de FIIs no mercado brasileiro. Listamos aqui seus tipos e detalharemos quais as características e peculiaridades de cada um.
- FIIs de Shoppings
- FIIs de Lajes Corporativas
- FIIs de Galpões Logísticos
- FIIs de Hotéis
- FIIs de Educacional
- FIIs de Hospitais
- FIIs de Agências bancárias
- FIIs de Fundos
- FIIs de Desenvolvimento Imobiliário
- FIIs de Recebíveis Imobiliários (CRIs)
- FIIs Híbridos (Papel e Tijolo)
FIIs de Shoppings
Mesmo com o crescimento do e-commerce, os shoppings ainda são muito populares no Brasil, com milhões de pessoas em busca de produtos, serviços, alimentação ou entretenimento.
Para comprar cotas desses FIIs, é importante fazer uma análise completa com todos os indicadores disponíveis. Isso inclui o administrador do shopping, seu histórico de resultados, a localização geográfica do estabelecimento, sua estrutura, opções de entretenimentos oferecidas e quais suas lojas âncoras.
FIIs de Lajes Corporativas
O segmento de lajes corporativas, também conhecido como edifícios comerciais, se considerarmos o patrimônio somado de todos os fundos com cotas negociadas em bolsa, é o segundo maior no país.
Os contratos de locatários das lajes corporativas em geral são de longo prazo, em uma média de cinco anos e com possibilidade de revisão após três anos. Inclusive, o rompimento antes do prazo gera multa.
Por isso, esse investimento tem relativa estabilidade em sua geração de receita, mesmo que também esteja vulnerável às fases de valorização e desvalorização do mercado.
FIIs de Galpões Logísticos
Os galpões logísticos são voltados a gestão de estoque, seleção e despacho de mercadorias, podendo ser locados para um ou diversos clientes.
Existem dois contratos. Os convencionais, também chamados de típicos, geralmente possuem duração de 5 anos. Já os atípicos geralmente têm prazos mais longos, alguns de até 15 anos.
Esse mercado de galpões logísticos é concentrado na região sudeste do país, principalmente em São Paulo. Além disso, o país é altamente dependente da malha rodoviária para transportar mercadorias e isso exige uma rede de galpões na região.
FIIs de Hotéis
Para os FIIs de Hotéis, existem três formas básicas de ocorrer a valorização patrimonial.
Uma delas é a compra de participação em hotéis para explorar a renda das locações de quartos, assim como fazem os demais FIIs. Outra é comercializando as unidades hoteleiras (ou flats).
Por último, por meio da valorização dos ativos em si. Mesmo esse sendo um objetivo secundário, também contribui para valorizar o capital investido.
Por haver uma rotatividade maior, esses imóveis devem ser localizados em grandes centros, de preferência onde haja uma demanda tanto comercial quanto turística. No Brasil, há poucas cidades oferecem isso da mesma forma que São Paulo, razão pela qual existe uma concentração de investimentos na cidade.
FIIs do Setor Educacional
São os FIIs voltados para Instituições de Ensino. Esse investimento pode ser atrativo, porque esses FIIs possuem, em sua maioria, modelos de contratos atípicos. Outra vantagem é característica do inquilino, porque ele depende de fatores como localização e maturidade para atender melhor seu público alvo.
A estabilidade dos rendimentos desses investimentos, que geralmente têm contratos mais longos, chama a atenção dos investidores.
Podem ser uma boa opção para quem busca imóveis com baixa taxa de vacância, rendimentos recorrentes de baixo risco e bom potencial de valorização. Isso, claro, se você confia que a educação não vai passar pela transformação do EAD de forma tão rápida.
FIIs de Hospitais
Os FIIs de Hospitais surgiram no país para ajudar a financiar o segmento de saúde, porém não cresceram muito até o momento. São poucos FIIs que atuam no segmento por aqui e cada um tem apenas um imóvel cada.
Como a área desse nicho é a saúde, a demanda depende menos de situações financeiras, na comparação com outros setores. Em geral, hospitais são imóveis com alta frequência de público, seja qual for o momento econômico do país e do mundo.
Além do prazo estendido dos contratos, existe a participação em um percentual do faturamento dos hospitais, o que torna a chance do fundo obter receitas ainda maiores do que conseguiria somente com a cobrança do aluguel.
FIIs de Agências bancárias
O Fundo Imobiliário de Agência Bancária é um fundo que trabalha especificamente com a aquisição e personalização de áreas cuja locação é de interesse direto dos bancos.
Por isso, o risco de crédito é extremamente baixo, principalmente se o inquilino for uma grande empresa.
Por serem grandes instituições financeiras, é mais difícil que elas deixem de honrar seus compromissos. Além disso, dentro do mercado de crédito privado, os bancos estão estão entre as organizações de maior credibilidade.
Além disso, os contratos de locação de agências bancárias geralmente são longos, gerando garantia de fluxo de caixa por períodos grandes e, somado à boa adimplência, garantem, em geral, uma renda aos seus cotistas.
Vale lembrar, porém, que as agências bancárias estão em franca decadência no Brasil — qual foi a última vez em que você frequentou uma? Com o avanço do internet banking, existe uma tendência de fechamento dessas agências, e é preciso estar atento a isso.
FIIs de Fundos
Os FIIs de Fundos são chamados de fundos de fundos, ou FOF. São um tipo de aplicação que agrega recursos de um conjunto de investidores visando o lucro pela aquisição de cotas de outros fundos imobiliários, com uma grande diversificação de forma simples.
Eles podem ser interessantes para um investidor que não tem muito conhecimento sobre o mercado de FIIs. Outra vantagem é que o FOF possui gestão profissional, ou seja: conta com a assessoria de analistas de mercado para encontrar as melhores oportunidades.
Do ponto de vista tributário e dos custos, é preciso analisar se os FOF valem a pena, porque, em alguns casos, você pode acabar pagando taxas duas vezes.
FIIs de Desenvolvimento Imobiliário
Os FIIs de Desenvolvimento Imobiliário são fundos imobiliários mais arriscados, porém, como é típico da renda variável, também podem oferecer um maior potencial de retorno.
Aqui, o gestor investe na construção de imóveis com o objetivo de vender e obter lucro nessa negociação.
Por se tratar de um risco maior, esses fundos geralmente são voltados para investidores qualificados, mas também há oportunidades para os demais investidores.
FIIs de Recebíveis Imobiliários (CRIs)
Os FIIs de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são fundos de papéis, majoritariamente dominados pela renda fixa, porém com maior risco. Sendo assim, a rentabilidade geralmente supera os principais benchmarks da renda fixa, como o CDI.
Afinal, é importante garantir atratividade ao investidor em relação aos títulos mais seguros, por meio de um rendimento superior. Como cada FII tem vários CRIs em sua carteira, e a própria diversificação faz diminuir muito o risco.
FIIs Híbridos (Papel e Tijolo)
Os FIIs Híbridos (Papel e Tijolo) já têm a vantagem inicial da diversificação de setores, o que traz consequentemente mais segurança e estabilidade para a carteira.
Eles geralmente investem em diversas aplicações e acabam se expondo em diversos setores de imóveis ou recebíveis imobiliários (CRI, LCI) e até mesmo em fundos imobiliários (cotas de FIIs).